PLANIFICAÇÃO DOS TRABALHOS DE INSPECÇÃO (A 7ª de 30 importantes etapas) As anomalias existentes e as previsíveis determinam um conjunto de acções a ser realizadas pelos mecânicos, ao nível da oficina, que devem ser sistematizadas e quantificadas de modo a apurar-se o custo real das intervenções |
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Uma
vez definido o âmbito dos trabalhos de inspecção é necessário converter
aquelas acções em instruções oficinais para que todos os departamentos da
empresa reparadora possam activar os procedimentos adequados para início dos
trabalhos.
A
fase seguinte consiste em planificar e sequenciar a cadeia de acções de modo a
desmontar o motor de acordo com as anomalias reportadas anteriormente e as acções
entretanto definidas. Esta desmontagem poderá ser integral como parcial.
Nesta
fase são planeadas e calendarizadas todas as acções previstas, são estimados
tempos para a realização das mesmas, são atribuídos recursos para a sua
execução (mão-de-obra, máquinas e ferramentas) e são determinadas as
movimentações das subpartes e componentes do motor através do vários
departamentos especializados da oficina, de acordo com a especificidade de cada
um.
Nesta
altura é já possível orçamentar a primeira fase de intervenção, pois estão
definidas todas as acções de desmontagem e inspecção. Conhecendo a mão-de-obra
estimada para realizar as diversas intervenções, os recursos e a taxa horária,
ficam univocamente definidos os custos da Primeira Fase (assim designada por
ser a fase em que se procederá à despistagem e identificação das anomalias
do motor, por oposição à fase seguinte de reparação, designada por Segunda
Fase).
Se
se tratar de um pacote de trabalho bem definido, alguns custos inerentes à
Segunda Fase ficam igualmente definidos, uma vez que se sabe que essas etapas
terão que ser cumpridas (por exemplo: montagem e ensaio do motor). Os trabalhos
relativos a esta fase são também designados por "básicos" e os
resultantes das inspecções ou opções designados por "oriundos".
Após a conversão das instruções de trabalho, estas são distribuídas pelos diferentes postos de trabalho oficinais sob a forma de documentos designados por "Cartas de Trabalho" (na linguagem anglo-saxónica "Job Cards"). Estas Cartas têm a particularidade de identificarem os recursos, a mão-de-obra, o tempo, a sequência de trabalho e a identificação das especialidades intervenientes, de modo a segmentarem a realização das acções de manutenção e simultaneamente apurarem os custos parciais de cada acção, que no final, depois de somados e integrados com os custos fixos e demais parcelas relativas a margens para o reparador, originam a factura relativa ao trabalho contratado. As Cartas de Trabalho têm, ainda, a vantagem de permitirem o controlo de produção mais eficaz assim como podem incorporar algumas funções de controlo de qualidade (através da identificação nominal dos operários intervenientes, com as suas valências e habilitações formais, com as suas assinaturas atestando a execução das instruções previstas e a recolha de informação de algumas acções de manutenção, tais como medições, indicação de folgas, de binários de aperto, resposta a check lists, etc. que é necessário garantir).