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INSPECÇÃO VISUAL REMOTA |
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A
inspecção visual remota (IVR) é um tipo de inspecção visual indirecta dos
componentes a observar, utilizada quando estes se apresentam inacessíveis à
observação directa. Trata-se de uma técnica de endoscopia.
A
sua utilização incide sobre componentes instalados em conjuntos superiores ou
em motores em que não se justifica a sua desmontagem ou remoção. Através de
furos existentes para alojamento de alguns componentes ou acessórios ou através
de furações "cegas" especialmente concebidas para este tipo de
inspecção, é possível a observação interior dos motores, ainda que
limitada à sua configuração e geometria internas. Procedendo regularmente a
estas inspecções e acompanhando a evolução de eventuais anomalias é possível
verificar-se se uma destas se apresenta estável ou se, pelo contrário, se
encontra em degradação e medir o grau e a severidade dessa degradação, para
tomada duma decisão técnica posterior.
A
IVR pode efectuar-se através da utilização de um simples espelho com hastes
extensíveis e articuladas ou através de sistemas tipo periscópio (designados
por boroscópios do inglês "borescopes") ou através de equipamentos
mais sofisticados munidos de fibra óptica (designados por fibroscópios do inglês
"fiberscopes") ou de microcameras de video de controlo remoto
(designados por videoscópios do inglês "videoscopes").
Estes
equipamentos apresentam-se segundo diferentes configurações envolvendo
tecnologias distintas. Começaram por ser rígidos, através de tubos de pequeno
diâmetro (da ordem dos 8 mm) e de cerca de 1 m de comprimento até apresentarem
as extremidades flexíveis. Actualmente estes dispositivos apresentam-se
completamente flexíveis. A sua principal característica é usarem um feixe
estreito de luz através duma fibra óptica que é conduzido desde a superfície
a avaliar até ao olho do observador ou digitalmente.
Os
recentes desenvolvimentos da miniaturização permitem a instalação de
microcameras de video nas extremidades destas hastes que se apresentam
completamente flexíveis.
Em
complemento ao dispositivo visual e integrado na mesma unidade estão os
comandos para posicionamento da extremidade, cujo controlo é realizado por um
"joystick" a partir do ponto de observação.
Outra
característica é a possibilidade da imagem visual poder ser apresentada num
monitor de video (possível de ser observada por vários inspectores em simultâneo)
e ser gravada. Esta última capacidade é extremamente importante, na medida em
que permite o envio das cassetes com as imagens recolhidas ou destas através de
correio electrónico para os operadores, para centros de avaliação de maior
competência ou para as bases de manutenção.
A última novidade associada aos videoscópios é a possibilidade de observação tridimensional que permitem em medir remotamente as dimensões dos defeitos detectados. O uso da tecnologia video permite ainda a comparação em tempo real de imagens gravadas (por exemplo a última imagem do defeito em avaliação) com a imagem actual e avaliar-se a evolução registada.