Se pretende saber como se realiza a intervenção em motores, leia esta página.
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Há alguns anos atrás a intervenção nos motores realizava-se ao fim dum determinado tempo de horas de funcionamento ou por calendário e ao motor completo. | Actualmente, realiza-se apenas em determinados locais e só se forem evidentes danos, após a inspecção. |
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O
nível de manutenção é definido como o nível de profundidade em que se
inspecciona ou substituem peças num motor e a extensão da sua desmontagem.
Existem
peças que podem ser inspeccionadas ou substituídas sem remover o motor do avião.
Outras implicam a sua remoção, no entanto, podem ser inspeccionadas ou
substituídas com relativa facilidade, mediante o auxílio de ferramentas
e técnicas disponíveis pelo pessoal de apoio à base de operação da
aeronave.
As
restantes, por implicarem acções de desmontagem de grande envergadura,
requerem técnicas mais apuradas e exigentes, só disponíveis em oficinas
reparadoras
especializadas, detentoras de equipamentos,
ferramentas, pessoal competente
e publicações técnicas
pormenorizadas e oportunamente certificadas por uma autoridade
aeronáutica.
De
igual modo, o nível de manutenção pode corresponder a inspecções
elementares com o objectivo de despistar anomalias e defeitos óbvios,
identificar condições que possam perigar a utilização da aeronave, verificar
e restabelecer níveis de lubrificantes e combustíveis, substituir peças
exteriores, realizar ensaios preliminares ao voo ou substituir conjuntos de peças
modulares. Para além destes níveis, só uma profunda desmontagem do motor
poderá permitir o acesso a outras peças e à sua reconstrução.
O
nível de intervenção mais profundo, corresponde a desmontar completamente o
motor ou partes do motor (módulos), por forma a avaliar todas as peças e
reconduzir o motor ou o módulo numa condição equivalente a novo, com zero
horas de funcionamento ou como reconstruído.
Há
alguns anos atrás os motores eram periodicamente sujeitos a desmontagens
completas, de 2500 em 2500, de 5000 em 5000 ou de 7500 em 7500 horas de utilização,
por exemplo. Como é óbvio este conceito implicava uma carga de trabalho
bastante elevada a que correspondiam muitas horas de mão-de-obra e uma elevada
taxa de substituição de peças.
Embora
nem todas as peças evidenciassem defeitos severos, uma vez expostas, tornava-se
aconselhável a sua substituição, daí que a manutenção de motores fosse
extremamente cara.
Subsistem,
ainda, muitos milhares de motores que seguem este conceito de manutenção. Para
os operadores que têm que pagar as facturas da sua manutenção, trata-se de um
enorme inconveniente. Em contrapartida, para as oficinas reparadoras, este
conceito representa uma enorme fonte de trabalho, quer em volume quer em
previsibilidade.
Actualmente,
os fabricantes estão a generalizar o conceito de utilização sob condição
(do inglês "on
condition"),
o que significa que, periodicamente, algumas partes do motor são inspeccionadas
e apenas se procede à desmontagem desse módulo ou do motor completo se
apresentarem defeitos não aceitáveis.
Este novo conceito veio reduzir, sobremaneira, as despesas de manutenção e permitir uma maior prontidão dos motores e, consequentemente, das aeronaves, mantendo, no entanto, um elevado nível de segurança.
Outros assuntos relacionados:
Negócios da manutenção | Manutenção de Motores | Política de Manutenção de Motores